José Rodolfo Pires Ribeiro, 22 anos, lateral-esquerdo, conhecido como Dodô. O novo lateral-esquerdo da seleção brasileira, convocado pela primeira vez pelo técnico Dunga para o Superclássico das Américas contra a Argentina e o amistoso diante do Japão, sabe que grande parte do público brasileiro não o conhece. Essa será uma oportunidade de ouro para ele se apresentar.

O jovem tem apenas 81 jogos na carreira de atleta profissional: 44 na Europa, por Roma e Inter de Milão, seu atual clube, e 37 no futebol brasileiro – 31 no Bahia e seis no Corinthians, de onde surgiu nas categorias de base.

Dodô segue um modelo que tem se tornado tendência na seleção brasileira. Jogadores que são convocados por bons desempenhos no exterior, mas que saíram tão cedo a ponto de não serem sequer reconhecidos pelos torcedores de seu país. Exemplos não faltam: David Luiz, Hulk, Dante, Luiz Gustavo, só para citar alguns que disputaram a última Copa do Mundo.

Na primeira chance de atuar com a camisa da Seleção, Dodô quer seguir o exemplo dos mais bem sucedidos e se tornar conhecido em todo o Brasil.

- Boa parte do pessoal que não acompanha futebol italiano não me conhece. Na Bahia, onde joguei um pouco mais, talvez a galera me conheça, mas espero me apresentar para todo o Brasil agora na Seleção. Seguir esses exemplos e fazer sucesso – afirmou.

Se há uma vantagem para que o novato realize seu desejo, é justamente o fato de as laterais serem as posições mais abertas a experiências na era Dunga. Na primeira convocação, para os amistosos contra Colômbia e Equador, o único remanescente entre os quatro que disputaram a Copa do Mundo era Maicon, que acabou cortado entre um jogo e outro por ter se atrasado na reapresentação após a folga.

Marcelo, do Real Madrid, entrou naquela lista de última hora, no lugar do cortado Alex Sandro. Agora, Dunga renovou completamente o setor. Na direita, Danilo e Mário Fernandes substituíram Daniel Alves e Maicon, enquanto Dodô e Filipe Luís, que será titular no sábado, ocupam as vagas de Marcelo e Maxwell, convocados por Luiz Felipe Scolari para o Mundial.

- Tenho a característica dos laterais brasileiros, que gostam de atacar, têm muita qualidade técnica, mas também defendem e se sacrificam pelo time. Na Itália e no Bahia joguei em linha de quatro, com dois zagueiros. Aprendi muito taticamente na Itália, com os movimentos defensivos que treinamos por lá - apresentou-se o jovem.